Minas Gerais já nos deu ouro, diamantes, cachaça, pão de queijo, Aleijadinho, Guimarães Rosa e Drummond de Andrade. Cultura e lutas pela liberdade, Música em muitos estilos, do clube da esquina às grandes avenidas e palcos do Mundo. Também nos deu Milton Nascimento. Ícone reconhecido internacionalmente por sua qualidade ímpar, de compositor e cantor.
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São Paulo, 23 de Dezembro de 2024.
2 Minutos.
A sua voz penetrou todos os ouvidos atentos e encantou pelo cristalino melodioso. Toda uma geração de fãs em diversos países ouviu uma Canção da América, para o Coração dos Estudantes, doutores, políticos, engenheiros sociais. Maria, a mulher da vida, dos homens, a criadora de heróis e mundos, aquela força que nos alerta, nos bota com os pés nas estradas para a vida em qualquer direção. Num trem azul, com o sol na cabeça, fé e faca amolada, até uma Ponta de areia no litoral verde/azul turmalina da Bahia.

A voz é a de Milton Nascimento. Seu coração civil foi até Costa Rica de preguiça, a trabalho… Um país sem exército. Puro, negro, brilhante, poeta, cantante, tradutor de dores e alegrias do ser humano. Marcado pelo mercado dos corpos escravos, o ferro do preconceito, contra a opressão sobre os mais frágeis, ditada pelas elites dominantes, desumanas.
Um herói da Cultura, da resistência. Uma bênção da Música de qualidade brasileira e mundial.
Porque vocês já sabem…
Milton resistiu, seu nascimento e sua vida, sua obra, seu canto são as bandeiras de uma voz que mora do lado direito do peito. Aquela que fala de uma coisa que pode estar bem aqui do lado. Amor, fé cega, pé na estrada, trigo, pão de cada dia e muita vivência, na boleia, em Minas Gerais, São Paulo, Rio, Nova Iorque. Paris, Londres. Europa e Ásia. Amigos. Leva a África consigo, renascimento. Milton nasceu sempre, viverá sempre em cada nota, vida, morte, vela, sentinela… Caçador de si…Em todas as esquinas um clube da canção do “lixo” ocidental. Não precisa ter medo não!
3 músicas para ouvir:
1) Coração da América
2) San Vicente
3) Para Lennon e MacCartney