Quando alguém procura algo para si quer o melhor pelo melhor preço, ou que se adeque às suas condições de – poder de aquisição – compra. E isto vale para alimento material ou espiritual. Desta forma, o “mercado” se subdividiu por classe sociais. Tem para pobre – baixo poder de compra – para remediado, classe média – e para rico, detentores das maiores fatias de recursos (conseguidas , normalmente, por burlar as regras, as normas.) Mais difícil do que se considerar pobre ou rico, é ser classe média, com sonhos, moral e regras estabelecidas. É normal!
Redator
São Paulo, 01 de abril de 2022.
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O “novo normal” é não ser normal – Não há normal – não no sentido estrito de que a norma estabelecida (quem estabeleceu mesmo?) segue um curso lógico, dialoga com a sociedade a partir de consensos, construtivos, permanentes, saudáveis.
Aliás, a pandemia veio quebrar certas regras, e o “mercado” se aproveita desta lacuna ética e se impõe. Nem sempre eticamente. Tem o que vender, é bem feito, atrai público? Então sai negócio. Mas, a estrutura – a norma básica não se alterou, como na selva: competição e a organização dos “nichos” em procura e demanda.
Recursos para fazer bem feito, o que implica em conhecimento, técnica e capacidade de produção (epa! estamos falando de Arte? Sim Música é Arte. Como gregos e romanos, persas e demais asiáticos ancestrais a definiram há milênios)… Estamos no Ocidente, pois sim! Porque recursos incluem isto: formação, aprendizagem, criação, desenvolvimento e aplicação de técnicas aprendidas e apreendidas – desenvolvidas – durante uma certa vivência, domínio e intimidade com o material, o modo, o objeto, o propósito, o campo do experimento etc…
Ah! Então Música é Ciência? Sim, também. E você pode ser compositor, arranjador, instrumentista, maestro, professor, intérprete, pesquisador, crítico, ouvinte apreciador… “Profissões” e categorias que no Brasil ainda vão demorar para serem reconhecidas, a não ser que você venha de certas classes sociais melhor posicionadas (herança etc). Para não ficar totalmente dependente da sorte!
Mas, é para consumo imediato, venda rápida? Tem tração, tem escala, ou seja, se um compra, mil ficarão sabendo e dez mil vão querer, mas apenas 500 a adquirem. Por que: é preço, é valor agregado, é material utilizado, fruto de pesquisa, te ajuda, te satisfaz? Acha mesmo que o mercado está preocupado com estas questões? O ser humano é um enorme produtor de lixo, e o mercado sabe disso, mas ele sabe também criar embalagens, ilusões, tem truques, e nem sempre vai dar o que promete (vende também o conceito de falibilidade, de obsolescência programada etc), mas ele não se engana: ganha sempre. A não ser que você lhe vire as costas. Consegue? Cuidado com os especialistas e a “ciência do mercado”.
O/A Professor(a) de Música
Você pode escolher entre ter aulas presenciais (use máscaras e mantenha uma distância segura – abra as janelas, lave as mãos) deslocar-se até o conservatório, às escolas ou em certos casos em aulas particulares, no “escritório” dele ou no seu; e estreitar o contato humano com seu(ua) professor(a), olho no olho, entonação de voz, gestos não ensaiados, sem edição, sem a mediação de meios de comunicação.
Ou pode ter aulas virtuais em que tudo isso também ocorre, mas com a mediação de um meio interposto entre você e ele(a) – áudio-vídeo-energia elétrica-internet-plataforma, um complexo de inter-relações com as quais você deixa de exercer o domínio e encontra-se a mercê de diversos outros atores invisíveis que podem ou não interferir positiva ou negativamente na relação professor-estudante, ensino-aprendizado.
A questão (múltipla) é: quem é mais caro, qual o modelo se encaixa no meu poder de compra, ou no meu estilo-desejo-tipologia (teatro) de ser? E, de fato, vou receber de volta o que o meu dinheiro paga? A resposta e binária (com múltiplos aspectos residuais, como na matemática infinitesimal.) Sim e não, e depende de você e de seu(ua) professor(a). Não é o método, não é a pedagogia, não é a plataforma, a rede. É você e ele(a). Porque a resposta vem de acordo com a pergunta: só sei o que eu quero se eu souber o que eu sou.
Dá uma olhada neste link – do professor, compositor e músico digital. De fato, um pouco além. Multimídia, como se diz atualmente: https://www.youtube.com/user/jeasirrego
Você e a Música

E aí sim, definido: eu quero estudar Música (pode ser através de qualquer instrumento – é gradativo, é Educação – começa com sua voz, ou uma caixinha de fósforos e termina em um violão, pode ser um piano (teclas e percussão), teclado, sopros (palhetas ou bocais – embocadura).
Simplesmente porque Música não é só o instrumento – este é apenas a ferramenta para desenvolver a linguagem que você um dia vai entender: é matemática, é histórica e filosófica, ideológica, enfim, vai refletir a sua formação, o seu espírito (o resumo evolutivo e mutável do seu intelecto, estado emocional – variáveis -, material, recursos, oportunidades, encontros, ganhos e perdas – a sua vida!).
Portanto, respeite-se, antes de tudo!
Por falar em linguagem musical entenda também de uma vez por todas: partituras, ou cifras (simplificantes) são essenciais, aprenda a lê-las e a escrevê-las, porque existe uma gramática, uma sintaxe, um encadeamento lógico-formal, signalagimático que define sons e ritmos – desde as notas, vibrações, vozes, timbres, estilos, alturas, intensidades e duração no tempo que procuram demonstrar a qualidade, a complexidade, o mapa da sua interioridade, e o contato com a beleza da linguagem dos deuses, até chegar aos instrumentos utilizados para demonstrar isso (tecnologia).
Por exemp0lo: na questão da estética musical, o uso de um instrumento de madeira difere dos instrumentos de metal, os elétricos dos acústicos, um piano (corda/percussão) difere de um órgão (sopro-tubos de metal ou madeira – bambu)… Um sintetizador, um sampleador – ferramentas da atualidade que captam a sonoridade ‘natural’, real e a jogam entre botões, bytes e outros trecos…
Ou vai querer ser um DJ?
Volmer S. do Rêgo – Professor de Língua Portuguesa e Literatura – Jornalista, Escritor